
Dois leilões já definidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) prometem atrair investimentos de companhias gigantes do país e do exterior.
São os certames de geração de energia elétrica e de transmissão. O primeiro deles, marcado para o dia 30 de setembro, irá contratar pelo governo energia nova de empreendimentos de várias fontes geradoras.
Já o leilão de transmissão deverá ser realizado em dezembro e atualmente é objeto de consulta pública aberta para receber contribuições até o próximo dia 14 de junho.
Assim como os recentes leilões de infraestrutura promovidos pelo governo em abril, realizados com a previsão de levantar R$ 10 bilhões em concessões, gerar 200 mil empregos e R$ 58 bilhões em investimentos, os certames elétricos também têm todos os motivos para serem bem sucedidos.
E sabe por que?
Em primeiro lugar, porque os ativos elétricos seguirão os moldes tradicionais de contratos com prazos de vigência de três décadas e, assim, garantem estabilidade e atratividade.
Outro motivo é o de que o Brasil precisa promover ‘estoque’ de oferta de eletricidade caso a atividade econômica volte a crescer mesmo diante da realidade de covid-19.
Há, ainda, um terceiro bom motivo de atração aos leilões principalmente de empresas estrangeiras: com o real depreciado, o dólar forte ‘barateia’ os ativos à venda no Brasil.
Leia também: Por que a oferta de energia nova cresce se a economia patina?
Leilões estão cercados de boas expectativas
Além disso, os próprios leilões de energia já definidos estão repletos de motivos que justificam as boas expectativas.
Veja o caso do certame de transmissão. Conforme detalhamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), serão leiloados 892 quilômetros de linhas nos estados da Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Um quinto estado, Amapá, também é avaliado.
Aqui, a expectativa de investimentos é da ordem de R$ 1,9 bilhão, com geração de 5,7 mil empregos diretos.
Por sua vez, o objeto deste certame é conceder serviço público de transmissão de energia elétrica para a construção, operação e manutenção de instalações de transmissão a serem integradas à rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN).
E quais as condições para vencer? Sairão vencedoras as empresas que, individualmente ou em consórcios, apresentarem lances com a menor receita anual permitida (RAP) para operar os empreendimentos.
Como citado anteriormente neste texto, o leilão é tema de consulta pública aberta a receber contribuições. Clique aqui para saber mais a respeito.
As expectativas otimistas também cercam o leilão de energia nova denominado A5.
O A5, assim chamado porque dá prazo de cinco anos para a entrada em operação da eletricidade contratada, prevê a participação de geradores de fontes variadas.
Melhor dizendo: poderão participar empresas que produzirão energia a partir do vento (eólica), solar fotovoltaica, hidrelétrica e termelétrica movida a biomassa e de tratamento térmico dos resíduos sólidos urbanos.
A portaria do Ministério das Minas e Energia (MME) foi publicada na edição de 30 de abril do Diário Oficial da União e traz as diretrizes e sistemática do certame. Clique aqui para acessar o documento.